Tratamento de lesões decorrentes de processo infeccioso por erisipela: Relato de experiência

Autores

  • Arthur Bento de Meneses
  • Cinthia Sonaly Santos Rodrigues
  • Marina Sandrelle Correia de Sousa
  • João Cezar Castilho
  • Pedro Gonçalves de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.36489/feridas.2019v7i39p1406-1413

Palavras-chave:

cicatrização, antibacterianos, ácido hialurônico, infecção dos ferimentos, erisipela, úlcera cutânea

Resumo

A erisipela é um processo infeccioso causado comumente por bactérias da famí­lia Estreptococos. O tratamento é instituí­do a partir do uso de antibióticos especí­ficos e realização de curativos especiais aplicados nas áreas afetadas. Comorbidades como hipertensão arterial e Diabetes mellitus podem prejudicar o processo cicatricial. O objetivo deste trabalho foi relatar a experiência no tratamento de paciente portadora de úlceras decorrentes de processo infeccioso por erisipela. Trata-se de um estudo descritivo exploratório de relato de experiência com paciente assistida por uma clí­nica especializada em curativos localizada na cidade de Campina Grande – PB. Paciente do sexo feminino, 36 anos, portadora de hipertensão arterial e Diabetes mellitus não-insulino-dependente. Ao exame fí­sico, apresentou-se orientada, hidratada, sedentária, com força motora preservada e relato de dor exacerbada. Apresentava lesões superficiais e infectadas em decorrência de erisipela, localizadas nos membro inferior esquerdo e evidências de hiperemia difusa, presença de bolhas e pontos de necrose. Como conduta inicial, foi solicitada cultura com antibiograma do material retirado das lesões. Foi realizado o curativo seguindo técnica asséptica, com realização de limpeza com água deionizada e sabonete antisséptico a base de polihexametileno de biguanida (PHMB). Adicionou-se ao curativo, compressas embebidas em solução de permanganato de potássio e colocadas sobre as lesões por 24 horas. Posteriormente, iniciou-se protocolo com utilização de creme í  base de ácido hialurônico a 0,2% que objetivou estimular a regeneração cutânea e favorecer a angiogênese, pomada de dipropionato de betametasona com a finalidade de aliviar o prurido e outros sintomas associados ao processo infeccioso, e solução de permanganato de potássio, visando í  destruição da parede bacteriana, associada ao uso de gaze estéril de algodão impregnada com PHMB, ambos aliados ao uso de antibioticoterapia sistêmica. O tratamento durou 35 dias, com 9 aplicações. Após esse perí­odo, a ferida foi considerada cicatrizada, com ausência de hiperemia difusa, bolhas, edemas ou regiões escurecidas na pele, além de completa remissão do processo infeccioso. Foi possí­vel observar a eficácia do tratamento realizado, levando em consideração fatores como o plano de conduta instituí­do, os produtos utilizados, a perspectiva multiprofissional e a boa adesão da paciente.

Biografia do Autor

Arthur Bento de Meneses

Enfermeiro. Especialista em Enfermagem Dermatológica pela Universidade Estácio de Sá. Enfermeiro Assistencial da CICATRIZA - Serviços em Saúde Ltda.

Cinthia Sonaly Santos Rodrigues

Graduanda em Enfermagem pela Universidade Estadual da Paraí­ba. Estagiária de Enfermagem na CICATRIZA - Serviços em Saúde Ltda.

Marina Sandrelle Correia de Sousa

Enfermeira. Especialista em Enfermagem Dermatológica pela Unifacisa. Coordenadora da UniCicatriza e co-founder da CICATRIZA - Serviços em Saúde Ltda.

João Cezar Castilho

Farmacêutico. Mestre em Farmacologia pela UFPR. Especialista em Farmácia Estética. Professor dos cursos de Farmácia do Centro Universitário de Jaguariúna, de Pós-Graduação em Biomedicina e Farmácia Estética na USCS e de Fisioterapia Dermatofuncional e Estética da FHO-Uniararas.

Pedro Gonçalves de Oliveira

Farmacêutico. Doutor em Fármacos e Medicamentos – FCF-USP. Especialista em Gestão e Economia em Saúde – CPES-UNIFESP. Especialista em Cuidados Paliativos e Tratamento da Dor – PUC Minas – Pesquisa e Desenvolvimento TRB Pharma.

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Publicado

2019-11-01

Edição

Seção

Artigos Cientí­ficos